No dia 30 de setembro de 2020 o Instituto de Psicologia da UFAL aprovou documento no qual se compromete em promover as questões relacionadas às populações negras e indígenas no âmbito de suas ações e atividades. Dentre as ações propostas destacamos o comprometimento do Instituto de Psicologia em criar disciplina obrigatória que verse sobre psicologia e relações étnico-raciais, na medida em que reconhece a necessidade e urgência de abordagens que contemplem as populações supracitadas no pensar e fazer psicológico. Vejamos o que diz a Carta:
“A presença de uma disciplina obrigatória que tenha uma ementa preocupada em pensar, discutir e problematizar os processos históricos que culminaram na marginalização e subalternização da população negra e indígena é necessária, principalmente diante do contexto político atual, contexto esse que insiste em negar ainda mais direitos que deveriam ser básicos (trabalho, moradia, saúde e educação). Compreender os efeitos discursivos que atuam como mecanismos eficazes de exclusão social de pessoas negras e indígenas é necessário para que se pense na construção de uma ciência/profissão efetivamente antirracista.”
Além do compromisso na implementação das ações afirmativas já existentes no interior da Universidade e também na sua ampliação, o Instituto também reconhece a aplicação indevida da Lei 12.990/2014 por parte da UFAL e se empenhará para que a instituição reponha as vagas perdidas em editais passados, as quais somam um montante de 88 (oitenta e oito) vagas para professores negros e negras, como afirma a Carta:
“Assim, desde 2014 a universidade vem desconsiderando a lei, o que resultou no prejuízo de 88 vagas de concursos que não foram disponibilizadas para negras/os. Nesse sentido, considerando a necessidade de efetivar uma política de inclusão, necessária para a minimização das desigualdades raciais e a radicalização da democracia, o IP apoia a luta pela reposição das vagas perdidas, ampliando, paulatinamente, o número de vagas destinados a negras/os, nos concursos futuros tanto para técnicas/os, quanto para docentes de nossa instituição.”
Dentre outras questões, o documento também se compromete em “Desenvolver estratégias com vistas a atender a demanda das questões étnico-raciais no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA)”.
Nós do Instituto do Negro de Alagoas saudamos e parabenizamos o Instituo de Psicologia da UFAL pelo firmamento de compromisso com a causa do povo negro em Alagoas.
Acesse aqui a Carta Compromisso do Instituto de Psicologia Por Uma Universidade Antirracista.