INEG/AL Realiza Seminário Sobre Questão Racial e Segurança Pública

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No último dia 24 de maio de 2019 o Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL) realizou o seminário A Questão Racial e a Segurança Pública: reflexos institucionais do racismo, como parte do Projeto Entre a Periferia e a Orla: diálogos públicos e práticas antirracistas, financiado pelo Baobá – Fundo Para Equidade Racial. O evento ocorreu na Faculdade de Direito da Universidade Tiradentes (Unit) e contou com a participação de professores, estudantes, policiais militares e ativistas do movimento negro local. Para fomentar a discussão, o debate contou com a explanação inicial do professor Msc. Carlos Nobre, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Em sua fala o professor destacou os meios pelos quais a polícia militar enquanto instituição absorve e reproduz o racismo no cotidiano e as medidas necessárias para a superação do mesmo. Na ocasião também foi lançado o livro do professor Nobre, intitulado O Negro na Polícia Militar, o qual tem por cenário a polícia militar do estado do Rio de Janeiro.

O representante do Núcleo de Policiamento Comunitário, capitão Sidney, destacou as ações realizadas pelas bases comunitárias da capital e do interior, apesar da diminuta quantidade de policiais para esta natureza de polícia.

Roberto, estudante de Direito da Universidade, ao apresentar seu trabalho de conclusão de curso, salientou como a instituição policial tem atuado dentro de uma política de quem pode ser vitimizado ou não pelas forças armadas no interior da sociedade. Para tanto, o estudante se baseou na perspectiva da necropolítica do filósofo camaronês Achille Mbembe.

No mês de agosto será realizado o segundo seminário do Projeto o qual versará sobre advocacia negra. Desde já, estão todos(as) convidados(as)!

 

 

Todo Apoio à Mãe Vera do Terreiro Abassá de Angola!

racismo religioso

O estado de Alagoas possui longa tradição em perseguir as manifestações culturais, politicas e religiosas da população afro-alagoana. Tal prática se mantém até a atualidade, é o que evidencia o mais recente ataque ao Terreiro de Mãe Vera na madrugada desta segunda-feira (13.05.2019), no bairro do Eustáquio Gomes. A causa de tal ataque não é outra senão a total e completa ausência de políticas de promoção da população negra alagoana por parte do Estado e sua politica de manutenção e perpetuação do racismo. No que diz respeito às religiões de matrizes africanas em particular, o máximo que tivemos foi um pedido de perdão feito pelo governo do estado no dia 1 de Fevereiro de 2012, sendo o mesmo alusivo ao histórico episódio do Quebra de Xangô. Não pensem que as perseguições aos terreiros alagoanos se restringiram ao episódio do Quebra! Oseas Rosas, jornalista policial de meados do século XX não se intimida em fazer referencia às frequentes batidas policiais nos terreiros da capital.

Nós negros e, em particular, Babalorixas e Ialorixás devemos ser ressarcidos por todos os atos perpetrados contra nosso povo pelo Estado de Alagoas e com sua anuência! Foram perdas incomensuráveis do ponto de vista econômico, político e cultural. O racismo estabeleceu a naturalização do desrespeito e da violação dos símbolos que cultuamos.

Os atuais descendentes de famílias que escravizaram pessoas negras exercem o poder econômico e politico. Esses nos devem!  As universidades estaduais (UNEAL, UNCISAL) até hoje não possuem cotas raciais nos seus processos seletivos! O Estado de Alagoas não instituiu ainda cotas raciais nos concursos públicos do Estado! A ausência de políticas públicas estaduais para população negra alagoana é algo alarmante!

É preciso repudiar os atos de violência contra a população negra cometida pela omissão do Estado.

 

Todo apoio à Mãe Vera do Terreiro Abassá de Angola!!

Pela Indenização a População Negra Alagoana!!

Por Políticas Públicas Para Promoção da População Negra Alagoana!!

Cotas Raciais na UNEAL e UNCISAL Já!!

Cotas Raciais nos Concurso Públicos do Estado Já!!