INEG Participa de Reunião Pró-Associação de Estudantes Negros e Negras da UFAL

No dia 13 de agosto de 2013, no Centro de Educação/UFAL, um grupo de alunos do PUNHO CERRADOcurso de Pedagogia da UFAL se reuniu com o intuito de discutir iniciativas que tenham por objetivo a promoção da população negra no interior da Universidade. Dentre tais iniciativas, foi destacada a necessidade de se debater propostas de inclusão de alunos negros nos programas de pós-graduação da referida Universidade, por meio da instituição de cotas raciais. Tal debate tem ganho força nos últimos meses no país. Alguns encaminhamentos já foram tomados e, para fazer frente  a esta e outras propostas em prol da comunidade negra, foi também discutida a necessidade de organização dos estudantes negros e negras da UFAL em torno de uma entidade que levaria a frente tais reivindicações. Nesse sentido, foi proposto a criação da Associação de Estudantes Negros e Negras da Universidade Federal de Alagoas, a qual teria o papel de aglutinar esforços no diálogo com @s estudantes negr@s e a própria Universidade. Parabéns estudantes por mais esta iniciativa!! O Instituto do Negro de Alagoas é parceiro neste processo.

INEG Enriquece Acervo Adquirindo Obras Raras da Literatura Alagoana

ROSAS, Oséas. Macumba, Macumbeiros e Espiritismo. Maceió: Casa Ramalho, 1943.

O episódio do Quebra de Xangô de 1912, assim como outros assuntos referentes a religiosidade afro-brasileira em terras alagoanas, foi muitas vezes descrito por Oseas Rosas, em uma sessão de sua autoria, no já extinto Jornal de Alagoas. Sob a denominação de Bruxaria, tal sessão se constituiu num veiculo de manifestação racista da sociedade alagoana. Em Macumba, Macumbeiros e Espiritismo, Oseas Rosas manifesta mais uma vez suas impressões do que denominou macumba. Neste trabalho, apresentado em 1943, no Centro Espírita William Crookes, localizado no bairro do Prado em Maceió, Rosas afirma a necessidade de higienização social que cumpria as frequentes batidas policiais nos terreiros da capital. Com a disponibilização dessa obra (livreto) ao público alagoano, o Instituto do Negro de Alagoas cumpre papel importantíssimo no desvendamento da história vivida pelos terreiros de candomblé e seus integrantes na província canavieira.

ALTAVILA, Jayme de. O Tesouro Holandês de Porto Calvo. Maceió: Departamento Estadual de Cultura, 1961.

“O que há de ficção no trabalho do professor Jayme é a sua concepção de certos episódios evidentemente fantasiados, sem deslustrar o valor da obra.

Uma diminuta expressão composta do autor do seu amigo Silvério Lins (descendente do tronco bandeirante Cristovão Lins) e de um certo Libório, negro leal e conhecedor dos caminhos do norte do Estado, dirigi-se para Porto Calvo, à procura do tesouro do Holandês.

A caminhada a pé de Camaragibe a Porto Calvo, descreve-a probidosamente o novelista […].

A noite embutida na escuridão da mata fechada, os três excursionistas preparam-se para dormir num improvisado acampamento. Guaribas resfolegam no silêncio da floresta. Libório ao ouvir certo ruído suspeito acende a lanterna de pilhas […]”

Guedes de Miranda