Grupo de Trabalho Encerra Primeira Parte do Processo Para Confecção de Dossiê de Tombamento da Coleção Perseverança

Hoje foram finalizados os encontros do grupo de trabalho de tombamento da Coleção Perseverança que vinham sendo realizados desde o dia 02/09 na sede do Iphan/Al. Nos encontros, que contaram com a participação de um grupo diversificado composto por representantes de Terreiros, da Comissão de Promoção de Igualdade Racial da OAB, do Instituto do Negro de Alagoas, de técnicos do IPHAN-Al, dentre outros, foram discutidos temas que abrangem as distintas instâncias do acervo como o contexto social, histórico e artístico.

Com o objetivo de visualizar de perto o acervo, o grupo realizou uma visita ao Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o qual detém a posse da Coleção. O GT visa a construção de um dossiê que será encaminhado para a instância federal do Iphan no intuito de incluir a coleção como patrimônio nacional devido sua representatividade para as comunidades religiosas e sua importância enquanto patrimônio cultural. O primeiro passo foi dado com os debates desenvolvidos nas reuniões. Diversas atividades ainda serão executadas no intuito de fortalecer o processo até o envio do dossiê, que se dará no próximo ano.

A Coleção Perseverança se constitui num conjunto de artefatos religiosos que foram retirados de forma violenta de casas religiosas de matrizes africanas de Maceió, no episódio conhecido como “O Quebra de Xangô”, ocorrido em 1912.

INEG/AL presta apoio jurídico à capoeirista, vítima de racismo na Praia do Francês

No dia 21/09/22, Lucas Vieira, capoeirista, mergulhador e residente em Marechal Deodoro, foi vítima de racismo na Praia do Francês. Na ocasião, Lucas se encontrava segurando a âncora de uma embarcação quando foi perguntado por um turista a respeito do valor do passeio de barco. Uma senhora, moradora da região, tomou a frente de Lucas e respondeu que o mesmo não era responsável por aquilo e que apenas ficava pulando de galho em galho feito um macaco. Lucas prontamente realizou um Boletim de Ocorrência e em seguida entrou em contato conosco para que atuassemos em seu favor.

Jerônimo da Silva, membro de nosso Núcleo de Advocacia Racial está prestando todo apoio necessário para que mais um caso de racismo não fique impune. Dentre os encaminhamentos jurídicos, na esfera cível, será ajuizada uma ação por danos morais. O INEG/AL pleitea ainda que o caso seja transferido para a Delegacia de crimes contra vulneráveis (Delegacia Tia Marcelina) para que o caso receba um tratamento mais especializado.

Foi vítima de racismo? Não se cale!! Solicite nosso apoio!!