O Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL) encerrou no último sábado (31) o 1º ciclo de debates Cabeça Preta. A atividade trouxe discussões a cerca da situação da população negra alagoana a partir de pesquisas realizadas por estudiosos negros do Estado. O evento aconteceu no auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e teve início no segundo sábado de agosto e se estendeu aos sábados seguintes.
Com o objetivo de atualizar o debate sobre as questões negras em Alagoas, a primeira edição do Cabeça Preta trouxe, em cada encontro, um tema de discussão relacionado à forma de ocupação dos corpos negros na cidade. A fim de destacar produções acadêmicas de intelectuais negros do Estado, cada sábado contou com a presença de diferentes pesquisadores, apresentando seus estudos e compartilhando com a comunidade o conhecimento acumulado.
Os dois primeiros sábados trouxeram como tema: “Memórias e Negritudes em Alagoas”, “Vigilância aos Corpos Negros e Racismo Institucional e suas Táticas na Segurança Pública”. O terceiro sábado de encontro trouxe a discussão sobre “Educação, Relações Étnico-Raciais e Políticas Afirmativas em Alagoas”. O ciclo foi encerrado com o debate sobre “Gênero, Performances, Representações e as Lutas dos Corpos Negros nas Cidades”.
Novas edições do ‘Cabeça Preta’ estão sendo preparadas para dar continuidade ao ciclo de debates que foi aberto este ano. A realização constante desses espaços busca introduzir uma perspectiva que parta de intelectuais negros na discussão sobre a questão racial em Alagoas,destacando as pessoas pretas, não como objeto de estudo, mas como produtoras de conhecimento.