Em reunião ocorrida no dia 19 de fevereiro de 2018 entre a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), o Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL) e o Ministério Público Estadual (MPE), foi definido – após debate – que a referida Fundação criará Comissão de Políticas Sociais e Afirmativas, no prazo de trinta dias (prorrogáveis pelo mesmo prazo). Tal Comissão terá por atribuição construir uma proposta de promoção dos segmentos negro e indígena, com foco na política de concessão de bolsas de pós-graduação (Mestrado e Doutorado).
Ações dessa natureza já vêm sendo desenvolvidas por instituições congêneres à FAPEAL, a exemplo das bolsas de iniciação científica do CNPq para estudantes negros cotistas. Apesar disso, o debate junto às Fundações estaduais de fomento à pesquisa tem sido praticamente inexistente, quando não, pouco exitoso. Desde o ano de 2010 que o Instituto do Negro de Alagoas vem dialogando com a referida Fundação para que a mesma constituísse um programa específico de concessão de bolsas para negros e indígenas, visando a promoção/inserção destes segmentos nos cursos de Mestrado e Doutorado do estado.
A esta ação se junta a já acabada proposta de instituição de cotas raciais nos cursos de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a qual ainda este semestre deverá ser submetida às instâncias deliberativas da Universidade.
Iniciativas dessa natureza são de fundamental importância para que desigualdades raciais historicamente construídas se vejam dirimidas de maneira objetiva, tendo por consequência a construção de espaços plurais, condizentes com a representação daqueles segmentos na sociedade brasileira.