Núcleo de Psicologia Negra do INEG/AL

Reconstruir o ser/eu negro constitui tarefa fundamental no processo de soerguimento de nosso povo. Uma vez construídos enquanto seres negativos na sociedade brasileira, condição central para reprodução de nossa exclusão, passamos agora a dar os primeiros passos de uma iniciativa que visa edificar nossa psique em território alagoano. Para tanto, estamos criando nosso Núcleo de qPsicologia Negra, o qual não estará apenas preocupado com importantes ações de atendimento clínico de nosso povo, mas terá também por atribuição o fomento do debate relativo à Psicologia e relações raciais e ainda, e não menos importante, a constituição de um corpo de psicólogas(os) negras(os) que primem pela consolidação do debate atuação política em torno da Psicologia da População Negra.

Pata dar o ponta pé inicial nesse debate, contamos agora com a psicóloga Mônica Guimarães, que passa a compor o quadro de membros e membros do INEG/AL!!

Bem vinda, Mônica!!

Venha ser um(a) membro(a) psicólogo(a) do INEG/AL!!

Os danos que séculos de racismo têm causado no pleno desenvolvimento de pessoas negras, tem na manipulação/destruição de suas mentes um fator primordial de seu sucesso enquanto ideologia.

É com o objetivo de dialogar com tal quadro que o Instituto do Negro de Alagoas faz um chamado à profissionais da Psicologia, negros(as) e não-negros(as), para pensar e construir conosco um conjunto de ações que visem a superação do quadro acima.

Tais ações, não se limitam apenas a oferta de tratamento clínico ao nosso povo, mas também ao fomento do debate concernente ao campo da Psicologia Negra, tão necessário para avançarmos na elevação de nosso povo.

Venha construir conosco! Junte-se a nós!

INEG/AL e Coordenadoria de Direitos Humanos do TJ/AL formalizam denúncia de crime de tortura e invasão do Abassá de Angola, casa religiosa de matriz africana.

Na última quinta-feira, dia 2 de março, nas mediações do Conjunto Otacilio Holanda, uma guarnição da Polícia Militar abordou e torturou em local desabitado o jovem negro Gabriel dos Santos, neto da saudosa Mãe Vera, Ex- Yalorixá e fundadora da casa religiosa de matriz africana Abassá de Angola. Não satisfeitos com a sessão de tortura, sob a justificativa da busca por drogas, a guarnição se dirigiu à casa religiosa, a qual teve a porta arrombada, tendo sido ainda parcialmente revirada pelos policiais.

Uma vez constatando a ausência do filho e recebido a informação de vizinhos que o mesmo havia sido raptado pela PM, Jeane, entrou em contato conosco para auxiliá-la na resolução do paradeiro do mesmo, quando foi constatado o que foi relatado acima.

Ontem, no período da manhã, o INEG/AL participou da oitiva de Jeane, seu filho, e outra testemunha na Delegacia Geral da Polícia Civil. Participaram ainda do momento da oitiva a Coordenadoria de Direitos Humanos do TJ/AL e a Secretaria Estadual da Mulher e dos Direitos Humanos. O próximo passo será ouvir os militares envolvidos no caso e dar prosseguimento a investigação. Oficiamos ainda a Corregedoria da Polícia Militar para que seja aberto processo administrativo contra os policiais envolvidos.

Seguiremos acompanhando e cobrando as devidas providências junto às autoridades competentes.

Não deixaremos que este caso de flagrante racismo fique impune!